Imagine com Zayn Malik - All of Me - parte 3

Imagine com Zayn Malik

                              All of Me

Parte 3

- Josh? - o chamei

- Oi, mãe? - me respondeu com os olhos vidrados em um desenho que passava na televisão.

- Vâmo lá na casa da vovó? - Josh deu um pulo e foi para o meu colo, abraçando meu pescoço com seus pequenos bracinhos no mesmo instante em que ouviu a minha pergunta

- Siiiiiiiiiim - respondeu todo sorridente

- Hum... - fiz uma pausa - quer dizer que, quando eu falo com você, o senhor me responde olhando pra televisão, mas, quando eu falo da vovó, você fica nessa alegria toda e desgruda os olhos dali? - apontei para a televisão enquanto perguntava a ele, fingindo ciume e indignação

- Nhé nhé nhé - ele disse como uma verdadeira criança, enquanto passava suas mãozinhas carionhasamente pelo meu rosto. Fixei meus olhos em Josh. Como ele era parecido com o pai. Todos os traços, os olhos, o sorriso, o jeito como falava, como era tímido com desconhecidos, mas, que, com o tempo, perdia a insegurança e entregava todo o carinho e amor que uma pessoa é capaz de ter, enfim, tudo. Era, simplesmente, a miniatura do pai. Ficava em dúvida em se a semelhança entre os dois era boa ou não. Josh me fazia lembrar de Zayn todos os dias, bastava que ele desse un sorriso e todas as lembranças vinham. 

- Quero um beijo - fiz bico esperando que ele me beijasse e assim ele fez, me dando um selinho.

- Então vamos? - disse levantando do sofá com ele no meu colo

- Siiiiiiim.

Não morávamos muito longe da casa dos meus pais, mas a distância era suficiente para precisar irmos de carro. Durante nossa ida fomos escutando cd's infantis completamente irritantes e detestáveis, mas que, para Josh, eram a melhor coisa do mundo. Ouvir meu filho cantar, isso sim era a melhor coisa do mundo pra mim.

- Josh, tudo bem se nós pararmos pra abastecer? - disse olhando para ele através do retrovisor. Ele apenas assentiu com a cabeça e continuou a cantar.

Parei o carro no posto cheio. Olhei em volta enquanto esperava pra ser atendida e avistei um homem. Aquilo me intrigou, eu senti que conhecia aquela pessoa de algum lugar, mas não tinha a certeza pois ela estava de costas. Achei melhor deixar isso pra lá. Devia estar ficando louca ou aquelas costas realmente tinham um dono único, que, por sinal, eu conhecia muito bem e, mesmo que eu negasse, ainda sentia falta.

Terminamos de abastecer e voltamos ao nosso caminho. Chegando a casa dos meus pais, Josh desceu do carro em disparada e parou em frente a porta, me deixando para trás.

- Vó! Ôh vó, abre a porta! - ele gritava e batia na porta, desesperado pra que minha mãe abrisse a porta, mas ninguém respondia, o que acontecia muito raramente.

- Espera, filho! Que desespero é esse? - disse chegando em frente a porta, onde ele já estava.

- Mas a vovó sempre vem abrir a porta correndo quando escuta eu chamar - ele disse meio decepcionado

- Espera só um segundinho, meu amor. - disse enquanto eu tocava a campanhinha. Toquei, toquei, toquei e ninguem veio nos atender. - acho que eles não estão em casa, filho

- Mas, mãe. Eu queria jogar bola com o vô - disse com a voz baixa

- a gente volta outro dia, pode ser? - ele fez bico e me deixou sem resposta. - não posso fazer nada, Josh. Eles saíram. Vem, vamos embora - segurei na sua mãozinha. 

Estavámos caminhando em direção ao nosso carro estacionado, quando, de repente apareceu na rua um carro totalmente preto, que veio lentamente em nossa direção. Achei isso muito estranho, o carro dos meus pais era prata, e com certeza, nenhum de nossos conhecidos tinha um com aquele modelo. Meu extinto materno agarrou forte nas maõzinhas de Josh e fizeram eu acelerar os passos até nosso carro. Tarde de mais, o carro ja tinha parado na nossa frente e, mesmo que eu quisesse correr para meu carro, não poderia, porque o tinha estacionado do outro lado da rua. Parei junto com Josh assim que o tal carro nos alcançou e vimos a janela do banco do passageiro ser aberta lentamente, revelando quem o estava dirigindo. Não, não podia ser! Eu me recuso a aceitar o que eu acabei de ver. Não podia ser, não depois de tantos anos!
- quem é, mamãe? - perguntou assustado por conta da minha reação

- esse... e-esse é... esse é um conhecido da mamãe, filho - respondi com os olhos arregalados e fixados naquela pessoa a minha frente.

Só então minha ficha caiu. Meu passado estava de volta. Ou melhor, Zayn estava de volta.

#continua