Imagine
Imagine com Harry
Amaze Me
(Tão lindo. Tão gay. Tão meu :3 )
- Família do Sr. Harry Styles? - o médico surgiu na sala de espera. Todos ficaram em pé - Só uma pessoa poderá me acompanhar - o médico disse meio desconcertado por conta da quantidade de pessoas que se levantou quando ele disse o nome de Harry.
- É melhor você ir, Seunome - Zain disse. Assenti com a cabeça e acompanhei o médico pelo estreito corredor. Paramos em frente a uma porta fechada, no final do mesmo.
- Eu sinto muito. O estágio da doença está muito avançado e nós não temos mais como tratá-la - o médico disse para mim, acenando negativamente com a cabeça.
- Não! Não! Não! Não pode ser! - eu dizia em sussurros. Estava desesperada, não conseguia enxergar nada, apenas vultos. Estava completamente perdida e, por um milagre, não desmaiei.
- Ele está acordado. A Sra. tem o desejo de vê-lo?
- C-claro, claro! - ainda dizia baixo, sentia como se meus pés não tocassem o chão.
Abri a porta lentamente com um sorriso triste nos lábios, sentia como se o meu dever fosse passar confiança e conforto a Harry, só com aquele sorriso de "está tudo bem". Olhei para frente depois que fechei a porta e o vi. Vi o meu Harry ali, deitado e completamente entregue à doença naquela maca de hospital.
- Meu amor! - ele disse fraco, porém muito feliz em me ver. Me aproximei da maca e sentei em uma poltrona ao lado da mesma. Harry suspirou pesadamente enquanto eu fazia carinho em seu rosto e chorava lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos - está chegando a minha hora, não é?
- Eu sinto muito, meu amor - com a minha outra mão alisava seu braço e depois passava para as suas mãos.
- Não quero te ver chorando por mim
- Não consigo ser forte, me desculpe - eu chorava com mais intensidade agora
- "Até que a morte nos separe", lembra disso? - assenti - nunca concordei com isso! A morte é só uma passagem. Por que dizem que eu não posso te ter depois da morte? Mas é claro que eu posso! - ele dizia afirmando seus próprios pensamentos com aquele jeito "Harry Teimoso" de ser - E não importa se eu morrer, você vai ser pra sempre minha e eu, pra sempre seu. Não quero te ver chorando pelo fato de eu estar morrendo! Eu te amo, Seunome - ele tossiu, aparentemente muito fraco.
- Eu também te amo - dizia em meio a soluços.
- Depois que eu cheguei aqui e me dei conta de que estava morrendo, eu parei e pensei um pouco sobre como vivi a minha vida. Cheguei à conclusão de que eu fui muito feliz. E por quê eu fui muito feliz? É aí que você entra! Comecei a relembrar a primeira vez que eu te vi - sorriu de canto.
*Flash back on - 50 anos atrás*
Nós iríamos gravar um clipe hoje em uma das comunidades carentes do Rio de Janeiro e todo o dinheiro arrecadado seria convertido em ajuda para os moradores daquele bairro.
Nosso produtores convocaram algumas crianças que ali viviam para participarem do nosso clipe. Gravamos e foi muito divertido. Conhecemos um pouco sobre a vida sofrida daquelas crianças, mas uma em especial me chamou à atenção. Daniel, esse era o nome dele, que tinha apenas 6 aninhos. Todas as crianças tinham ido embora, menos Daniel.
- Você não precisa ir pra casa, Amigão? Seus pais devem estar preocupados com a sua demora
- Eu não tenho pais - Daniel disse com aquela inocência de criança.
- Me desculpe, eu não sabia...
- Tudo bem! Eu não posso ir embora, minha irmã pediu para eu esperá-la aqui. Ela vai vir me buscar.
- Ah sim! Então tá bom! - fizemos uma pausa - Daniel - chamei a atenção dele - que mal lhe pergunte mas... Onde você aprendeu a falar um inglês tão bom? - acho que esqueci de mencionar que estávamos conversando em inglês. Daniel sorriu.
- Foi a minha irmã. Ela me ensina tudo, tudinho - ele dizia com brilho nos olhos
- Que legal, Daniel! É a sua irmã que cuida de você?
- Ahã - ele afirmou com a cabeça - Seunomeee! - ele me deixou falando sozinho e correu para abraçar uma garota que tinha acabado de entrar. Logo Daniel a puxou para perto de mim.
- Harry, essa é a minha irmã Seunome! - ele sorria. Dava pra ver em seus olhos que ele realmente gostava dela.
- Oi - disse meio envergonhado. Não pude deixar de notar a beleza daquela menina. Eu podia ver que ela não era só linda por fora, mas por dentro também; seus olhos me diziam isso
- Oi - ela sorriu. Um sorriso lindo, maravilhoso.
*Flash back off*
- Quem diria que naquele dia, um garotinho iria me apresentar o Amor da Minha Vida ou que esse garotinho iria se tornar meu cunhado? - riu de leve
- Pois é... O amor sempre está aonde a gente menos espera - sorri
- Só queria dizer obrigado. Obrigado por fazer parte da minha vida. Obrigado por ser minha vida - ele me olhava nos olhos. Não consegui responder nada - você lembra?
- Lembro de quê, meu amor? - alisava suas mãos
- Da nossa musica. Você se lembra?
- É claro que sim - assenti com a minha cabeça enquanto chorava só por relembrar a nossa musica.
- Little things that you do
(Pequenas coisas que você faz) - ele começou a cantarolar quase em sussurros a nossa musica -
"That we share, me and you were real, I believe
(Que compartilhamos, eu e você é real, eu acredito)
You so blind, we were such wonder stuff
(Você esta tão cega, nós eramos maravilhosos)
Just one touch is all I need
(Apenas um toque é tudo o que eu preciso)" - eu sorria triste e chorava ao mesmo tempo em que ele seguia com a letra da musica; sempre olhando nos meus olhos.
- Obrigada por me fazer feliz durante 50 anos e obrigada por continuar apaixonado por mim até hoje. - ele deu uma pausa na musica e sorriu - eu também estava relembrando algumas coisas - sorri de leve
- Relembrando o quê? - arqueou as sobrancelhas, típico dele quando estava curioso
- Nosso primeiro beijo - ele riu e tossiu logo em seguida
*Flash back on*
*Harry on*
Depois daquele dia, quando Daniel me apresentou à irmã dele, não consegui tirá-la da minha mente. Sempre arrumava desculpas esfarrapadas para ir até a casa deles durante o tempo em que ficamos no Brasil. E, para o meu azar, hoje falta exatamente uma semana para nós irmos embora, faltam exatamente sete dias para eu me despedir do Amor da Minha Vida. Ainda não tive coragem de contar para ela que eu estou apaixonado. Ela também não sabe que essa é a minha ultima semana aqui; também não tive coragem de dizer isso à ela. Digamos que, durante essas duas semanas que eu fiquei aqui, nós criamos uma forte amizade. Da parte dela, é claro, porque, de minha parte foi e ainda é amor. Eu amo aquela menina.
- Harry? - me virei quando ouvi alguém chamar meu nome
- Seunome! - sorri e ela correu ao meu encontro. Nos abraçamos e depois a levantei, tirando os seus pés do chão - tudo bem?
- Ahã e com você? - ela sorria. Eu admirava a capacidade dela de não tirar aquele sorriso lindo do rosto, mesmo tendo tantos problemas ainda tão nova
- Agora, melhor - sorrimos - vem, vou te levar a um lugar que o guia turístico me levou ontem - a puxei pela mão. Entramos no carro e eu a levei até um parque deserto, cheio de árvores.
Chegamos lá, forrei um lençol na grama e nos deitamos de barriga para cima, um ao lado do outro.
- Olha - ela apontou o dedo indicador para o céu. Olhei para aonde ela apontava - aquela nuvem se parece com um bebê - deu uma risadinha da própria fala.
- Um bebê... Já parou pra pensar no assunto? - perguntei e ela me olhou com a sobrancelha arqueada.
- Um bebê... Seria brega se eu dissesse que, todos os dias antes de dormir, eu penso em um futuro pra mim com um marido perfeito e muitos, muitos bebês? - ela riu de novo
- Se for brega, nós dois somos bregas então. Só mudando a parte do "marido" perfeito - ela riu - desculpa fofa, mas eu não sou gay - disse imitando a voz e o jeito de um gay, estalando os dedos da mão esquerda no estilo "#passiva" - nós rimos
- É tão difícil de imaginar que uma febre teen como você também é um ser humano, que você é como eu, pensa como eu, que tem amigos como eu, que você faz planos para o seu "futuro perfeito", assim como eu - sorri
- Sabe o que me encanta em você desde a primeira vez que nós nos vimos? - acenou negativamente com a cabeça - você tem interesse em mim e não no meu dinheiro ou fama. Isso é bom. Isso é muito bom - sorrimos
Continuamos naquela conversa a tarde inteira, até que nos beijamos. Nossos lábios se encontraram tímida e delicadamente. Foi, simplesmente, perfeito. Nos afastamos devagar após o beijo. Abrimos os olhos juntos lentamente
- Harry... - ela sussurrou
- Shhh - coloquei o dedo indicador nos lábios dela - não fala nada. - ela sorriu de olhos fechados
*Flash back off*
- Aquele foi o beijo mais perfeito da minha vida toda
- Eu sei que eu beijo muito bem - Harry disse se gabando e fazendo graça, apesar da situação
- Engraçadinho - olhei para ele revirando os olhos. Estávamos agindo feito dois adolescentes jogando conversa fora.
Harry fixou seu olhar no meu por um tempo - "It feels like I'm falling into sun
"Even most of the days
In every way
It feels like we won
As we watched the years go by
Feels like we're still flying high
" - ele cantarolava mais um trecho da nossa musica - eu ainda me lembro do nosso primeiro "eu te amo"
*Flash back on*
Logo depois daquele nosso primeiro beijo mais que perfeito, nós ainda conversávamos com os rostos colados
- Eu tenho certeza de que esse é o momento perfeito para te dizer uma coisa
- Diga
- É que... Eu... eu t-te amo, Seunome! - ela ficou em um silêncio profundo por um tempo, o que me assustou um pouco
Suspirou fundo e, de olhos fechados, falou - eu também te amo, Harry. - sorri em alívio
- Pra sempre e sempre - cruzei os dedos indicadores e os beijei; ela fez o mesmo. A partir daquele momento, aquele gesto, junto com essa frase, se tornaram o lema do nosso amor - eu sinto muito...
- Hã? Por que sente muito? - ela me perguntou confusa
- Eu sinto muito porque eu vou embora no próximo sábado - ela não respondeu nada. Respirou fundo e fechou os olhos, deixando que duas lágrimas caíssem do seu olho direito. As sequei com o polegar - mas eu te juro... Eu te juro que vou voltar para te buscar. Nós podemos nos falar pela internet, trocar sms, namorar por skype, até porque, muitos casais hoje em dia fazem isso e... - ela me interrompeu
- Namorar? - ela disse com um sorriso enorme, eu sorri com isso
- Acho que esqueci desse pequeno detalhe - disse coçando a cabeça e fazendo uma careta - então... - eu me levantei, a ajudei levantar e me agachei à sua frente - Seunome, quer namorar comigo?
- Sim, sim, sim! - a peguei no colo e a girei no ar enchendo o rosto dela de beijos.
- Eu te amo
- Eu te amo
- Pra sempre e sempre - disse repetindo o ato de cruzar os dedos indicadores e os beijar
- Pra sempre e sempre - ela fez exatamente igual a mim.
*Flash back off*
- Aquele dia foi perfeito - eu disse
- Tudo o que envolve "nós" é perfeito - ele se esticou para dar um beijo na minha bochecha
- Será que um dia eu vou me arrepender de ter passado por tudo aquilo só pra te ter por perto?
- Tomara que não, e se se arrepender, eu volto e puxo o seu pé a noite - disse fazendo graça, de novo
- O mesmo idiota de sempre, até em situações como essas - ri de leve enquanto revirava os olhos
- O mesmo idiota de sempre - ele disse imitando o meu tom de voz - e que, por sinal, fiquei sabendo de boatos de que você o ama - disse se gabando
- Boatos são boatos, meu queridinho. Sempre há a possibilidade de serem mentira
- E sempre há a possibilidade de serem verdade
- Talvez. Será que você fez por merecer o meu amor? - arqueei a sobrancelha
- Acho que sim. Pelo menos era isso que você sempre dizia quando a nossa noite esquentava - ele riu com a língua entre os dentes
- Aff Harry, fica quetinho, vai, por favor - disse dando um tapinha na cabeça dele
- Ai doeu - fez biquinho
- Dane-se. Você fica aí falando essas coisas impróprias
- Pelo menos não era eu quem ficava gemendo "ahh, vai Hazza, vai", "hm, gostoso", "eu te amo", "mais rápido, amor" - disse tirando uma com a minha cara
- Harry! - disse com tom de indignação e ri pela careta que Harry fez
- Nunca vou te esquecer - sorriu - você é a pessoa mais perfeita desse mundo
- Acho bom eu ser mesmo - disse brincando também
- Acho que nunca te falei mas eu te admiro. Te admiro por ser quem você é. Por ter cuidado do Daniel e assumido essa responsabilidade só com 18 anos de idade. Por ser essa pessoa humilde e bondosa. Por ter feito questão de se casar virgem. Por ter feito questão de se casar comigo. Enfim... Já disse que te amo hoje?
- Não lembro, se você quiser, pode falar de novo. Eu não ligo
- Eu te amo - sorri
- Amanhã, seria amanhã que nós faríamos 47 anos de casados - sorri triste
- Eu te prometo que vou comemorar a data aonde quer que eu esteja e vou passar o dia inteiro ao seu lado, mesmo você não me vendo ou me tocando... Parece que foi ontem, não é? - concordei com a cabeça
Ele cantarolou mais um trecho da nossa musica - "Baby, you amaze me
*Flash back on*
Nós estavamos no sofá da sala, no apartamento de Harry
- Haaarry! Para Harry, pelo amor de Deus, eu não aguento mais. Ahhhh por favor, por favor - eu dizia quase sem forças enquanto Harry me enchia de cócegas.
- Eu só paro se você me responder uma pergunta - ele disse enquanto continuava com as cócegas em mim
- kkkkk... Qualquer coisa, eu kkkk respondo qualquer coisa. Só para kkkkkkkk com isso, pelo amor de Deus
- Casa comigo, meu amor? - ele perguntou sem dar nenhuma pausa com as cócegas
- O QUÊÊÊ? - arregalei os olhos. Ele parou com as cócegas e se ajoelhou nas minhas pernas, já que, enquanto ele me fazia rir, eu estava deitada por baixo dele
- Isso mesmo que você ouviu, Surdinha - ele revirou os olhos
- Aff, não adianta né?! Você NÃO sabe ser romântico - também revirei os olhos
- Ah sacumé né. Eu tento - rimos - então, meu amor, casa comigo? - agora Harry estava ajoelhado no chão e eu sentada no sofá, de frente para ele. Eu sorri o maior sorriso que eu poderia ter - só pelo sorriso, eu já posso imaginar que a resposta é sim
- Siiiiiim, siiiim, yes, sí, etiam, oui, ja, sì e em todas as línguas existentes no mundo - eu agarrei meus braços em seu pescoço, passei minhas pernas em volta da sua cintura e ele se levantou enquanto nos beijávamos.
*Flash back off *
- Mas eu ainda acho que o dia do nosso casamento foi mais perfeito ainda - Harry disse
- Claro, tirando o fato de você ter desmaiado 15 minutos antes de o casamento começar e deixar todo mundo preocupado - rimos
- É que eu achava que não estava preparado pra casar com uma mulher tão perfeita igual á você
- Para de mentir porque eu sei que você só desmaiou de medo por estar se casando
- Nossa, como você é direta - ele fingiu indignação
- Sempre u.u
- Sabe o que eu acho?
- O quê?
- "Funny how
"
(Talvez, é assim que está destinado a ser)
- Eu sinto muito. O estágio da doença está muito avançado e nós não temos mais como tratá-la - o médico disse para mim, acenando negativamente com a cabeça.
- Não! Não! Não! Não pode ser! - eu dizia em sussurros. Estava desesperada, não conseguia enxergar nada, apenas vultos. Estava completamente perdida e, por um milagre, não desmaiei.
- Ele está acordado. A Sra. tem o desejo de vê-lo?
- C-claro, claro! - ainda dizia baixo, sentia como se meus pés não tocassem o chão.
Abri a porta lentamente com um sorriso triste nos lábios, sentia como se o meu dever fosse passar confiança e conforto a Harry, só com aquele sorriso de "está tudo bem". Olhei para frente depois que fechei a porta e o vi. Vi o meu Harry ali, deitado e completamente entregue à doença naquela maca de hospital.
- Meu amor! - ele disse fraco, porém muito feliz em me ver. Me aproximei da maca e sentei em uma poltrona ao lado da mesma. Harry suspirou pesadamente enquanto eu fazia carinho em seu rosto e chorava lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos - está chegando a minha hora, não é?
- Eu sinto muito, meu amor - com a minha outra mão alisava seu braço e depois passava para as suas mãos.
- Não quero te ver chorando por mim
- Não consigo ser forte, me desculpe - eu chorava com mais intensidade agora
- "Até que a morte nos separe", lembra disso? - assenti - nunca concordei com isso! A morte é só uma passagem. Por que dizem que eu não posso te ter depois da morte? Mas é claro que eu posso! - ele dizia afirmando seus próprios pensamentos com aquele jeito "Harry Teimoso" de ser - E não importa se eu morrer, você vai ser pra sempre minha e eu, pra sempre seu. Não quero te ver chorando pelo fato de eu estar morrendo! Eu te amo, Seunome - ele tossiu, aparentemente muito fraco.
- Eu também te amo - dizia em meio a soluços.
- Depois que eu cheguei aqui e me dei conta de que estava morrendo, eu parei e pensei um pouco sobre como vivi a minha vida. Cheguei à conclusão de que eu fui muito feliz. E por quê eu fui muito feliz? É aí que você entra! Comecei a relembrar a primeira vez que eu te vi - sorriu de canto.
*Flash back on - 50 anos atrás*
Nós iríamos gravar um clipe hoje em uma das comunidades carentes do Rio de Janeiro e todo o dinheiro arrecadado seria convertido em ajuda para os moradores daquele bairro.
Nosso produtores convocaram algumas crianças que ali viviam para participarem do nosso clipe. Gravamos e foi muito divertido. Conhecemos um pouco sobre a vida sofrida daquelas crianças, mas uma em especial me chamou à atenção. Daniel, esse era o nome dele, que tinha apenas 6 aninhos. Todas as crianças tinham ido embora, menos Daniel.
- Você não precisa ir pra casa, Amigão? Seus pais devem estar preocupados com a sua demora
- Eu não tenho pais - Daniel disse com aquela inocência de criança.
- Me desculpe, eu não sabia...
- Tudo bem! Eu não posso ir embora, minha irmã pediu para eu esperá-la aqui. Ela vai vir me buscar.
- Ah sim! Então tá bom! - fizemos uma pausa - Daniel - chamei a atenção dele - que mal lhe pergunte mas... Onde você aprendeu a falar um inglês tão bom? - acho que esqueci de mencionar que estávamos conversando em inglês. Daniel sorriu.
- Foi a minha irmã. Ela me ensina tudo, tudinho - ele dizia com brilho nos olhos
- Que legal, Daniel! É a sua irmã que cuida de você?
- Ahã - ele afirmou com a cabeça - Seunomeee! - ele me deixou falando sozinho e correu para abraçar uma garota que tinha acabado de entrar. Logo Daniel a puxou para perto de mim.
- Harry, essa é a minha irmã Seunome! - ele sorria. Dava pra ver em seus olhos que ele realmente gostava dela.
- Oi - disse meio envergonhado. Não pude deixar de notar a beleza daquela menina. Eu podia ver que ela não era só linda por fora, mas por dentro também; seus olhos me diziam isso
- Oi - ela sorriu. Um sorriso lindo, maravilhoso.
*Flash back off*
- Quem diria que naquele dia, um garotinho iria me apresentar o Amor da Minha Vida ou que esse garotinho iria se tornar meu cunhado? - riu de leve
- Pois é... O amor sempre está aonde a gente menos espera - sorri
- Só queria dizer obrigado. Obrigado por fazer parte da minha vida. Obrigado por ser minha vida - ele me olhava nos olhos. Não consegui responder nada - você lembra?
- Lembro de quê, meu amor? - alisava suas mãos
- Da nossa musica. Você se lembra?
- É claro que sim - assenti com a minha cabeça enquanto chorava só por relembrar a nossa musica.
- Little things that you do
(Pequenas coisas que você faz) - ele começou a cantarolar quase em sussurros a nossa musica -
"That we share, me and you were real, I believe
(Que compartilhamos, eu e você é real, eu acredito)
You so blind, we were such wonder stuff
(Você esta tão cega, nós eramos maravilhosos)
Just one touch is all I need
(Apenas um toque é tudo o que eu preciso)" - eu sorria triste e chorava ao mesmo tempo em que ele seguia com a letra da musica; sempre olhando nos meus olhos.
- Obrigada por me fazer feliz durante 50 anos e obrigada por continuar apaixonado por mim até hoje. - ele deu uma pausa na musica e sorriu - eu também estava relembrando algumas coisas - sorri de leve
- Relembrando o quê? - arqueou as sobrancelhas, típico dele quando estava curioso
- Nosso primeiro beijo - ele riu e tossiu logo em seguida
*Flash back on*
*Harry on*
Depois daquele dia, quando Daniel me apresentou à irmã dele, não consegui tirá-la da minha mente. Sempre arrumava desculpas esfarrapadas para ir até a casa deles durante o tempo em que ficamos no Brasil. E, para o meu azar, hoje falta exatamente uma semana para nós irmos embora, faltam exatamente sete dias para eu me despedir do Amor da Minha Vida. Ainda não tive coragem de contar para ela que eu estou apaixonado. Ela também não sabe que essa é a minha ultima semana aqui; também não tive coragem de dizer isso à ela. Digamos que, durante essas duas semanas que eu fiquei aqui, nós criamos uma forte amizade. Da parte dela, é claro, porque, de minha parte foi e ainda é amor. Eu amo aquela menina.
- Harry? - me virei quando ouvi alguém chamar meu nome
- Seunome! - sorri e ela correu ao meu encontro. Nos abraçamos e depois a levantei, tirando os seus pés do chão - tudo bem?
- Ahã e com você? - ela sorria. Eu admirava a capacidade dela de não tirar aquele sorriso lindo do rosto, mesmo tendo tantos problemas ainda tão nova
- Agora, melhor - sorrimos - vem, vou te levar a um lugar que o guia turístico me levou ontem - a puxei pela mão. Entramos no carro e eu a levei até um parque deserto, cheio de árvores.
Chegamos lá, forrei um lençol na grama e nos deitamos de barriga para cima, um ao lado do outro.
- Olha - ela apontou o dedo indicador para o céu. Olhei para aonde ela apontava - aquela nuvem se parece com um bebê - deu uma risadinha da própria fala.
- Um bebê... Já parou pra pensar no assunto? - perguntei e ela me olhou com a sobrancelha arqueada.
- Um bebê... Seria brega se eu dissesse que, todos os dias antes de dormir, eu penso em um futuro pra mim com um marido perfeito e muitos, muitos bebês? - ela riu de novo
- Se for brega, nós dois somos bregas então. Só mudando a parte do "marido" perfeito - ela riu - desculpa fofa, mas eu não sou gay - disse imitando a voz e o jeito de um gay, estalando os dedos da mão esquerda no estilo "#passiva" - nós rimos
- É tão difícil de imaginar que uma febre teen como você também é um ser humano, que você é como eu, pensa como eu, que tem amigos como eu, que você faz planos para o seu "futuro perfeito", assim como eu - sorri
- Sabe o que me encanta em você desde a primeira vez que nós nos vimos? - acenou negativamente com a cabeça - você tem interesse em mim e não no meu dinheiro ou fama. Isso é bom. Isso é muito bom - sorrimos
Continuamos naquela conversa a tarde inteira, até que nos beijamos. Nossos lábios se encontraram tímida e delicadamente. Foi, simplesmente, perfeito. Nos afastamos devagar após o beijo. Abrimos os olhos juntos lentamente
- Harry... - ela sussurrou
- Shhh - coloquei o dedo indicador nos lábios dela - não fala nada. - ela sorriu de olhos fechados
*Flash back off*
- Aquele foi o beijo mais perfeito da minha vida toda
- Eu sei que eu beijo muito bem - Harry disse se gabando e fazendo graça, apesar da situação
- Engraçadinho - olhei para ele revirando os olhos. Estávamos agindo feito dois adolescentes jogando conversa fora.
Harry fixou seu olhar no meu por um tempo - "It feels like I'm falling into sun
"Even most of the days
In every way
It feels like we won
As we watched the years go by
Feels like we're still flying high
" - ele cantarolava mais um trecho da nossa musica - eu ainda me lembro do nosso primeiro "eu te amo"
*Flash back on*
Logo depois daquele nosso primeiro beijo mais que perfeito, nós ainda conversávamos com os rostos colados
- Eu tenho certeza de que esse é o momento perfeito para te dizer uma coisa
- Diga
- É que... Eu... eu t-te amo, Seunome! - ela ficou em um silêncio profundo por um tempo, o que me assustou um pouco
Suspirou fundo e, de olhos fechados, falou - eu também te amo, Harry. - sorri em alívio
- Pra sempre e sempre - cruzei os dedos indicadores e os beijei; ela fez o mesmo. A partir daquele momento, aquele gesto, junto com essa frase, se tornaram o lema do nosso amor - eu sinto muito...
- Hã? Por que sente muito? - ela me perguntou confusa
- Eu sinto muito porque eu vou embora no próximo sábado - ela não respondeu nada. Respirou fundo e fechou os olhos, deixando que duas lágrimas caíssem do seu olho direito. As sequei com o polegar - mas eu te juro... Eu te juro que vou voltar para te buscar. Nós podemos nos falar pela internet, trocar sms, namorar por skype, até porque, muitos casais hoje em dia fazem isso e... - ela me interrompeu
- Namorar? - ela disse com um sorriso enorme, eu sorri com isso
- Acho que esqueci desse pequeno detalhe - disse coçando a cabeça e fazendo uma careta - então... - eu me levantei, a ajudei levantar e me agachei à sua frente - Seunome, quer namorar comigo?
- Sim, sim, sim! - a peguei no colo e a girei no ar enchendo o rosto dela de beijos.
- Eu te amo
- Eu te amo
- Pra sempre e sempre - disse repetindo o ato de cruzar os dedos indicadores e os beijar
- Pra sempre e sempre - ela fez exatamente igual a mim.
*Flash back off*
- Aquele dia foi perfeito - eu disse
- Tudo o que envolve "nós" é perfeito - ele se esticou para dar um beijo na minha bochecha
- Será que um dia eu vou me arrepender de ter passado por tudo aquilo só pra te ter por perto?
- Tomara que não, e se se arrepender, eu volto e puxo o seu pé a noite - disse fazendo graça, de novo
- O mesmo idiota de sempre, até em situações como essas - ri de leve enquanto revirava os olhos
- O mesmo idiota de sempre - ele disse imitando o meu tom de voz - e que, por sinal, fiquei sabendo de boatos de que você o ama - disse se gabando
- Boatos são boatos, meu queridinho. Sempre há a possibilidade de serem mentira
- E sempre há a possibilidade de serem verdade
- Talvez. Será que você fez por merecer o meu amor? - arqueei a sobrancelha
- Acho que sim. Pelo menos era isso que você sempre dizia quando a nossa noite esquentava - ele riu com a língua entre os dentes
- Aff Harry, fica quetinho, vai, por favor - disse dando um tapinha na cabeça dele
- Ai doeu - fez biquinho
- Dane-se. Você fica aí falando essas coisas impróprias
- Pelo menos não era eu quem ficava gemendo "ahh, vai Hazza, vai", "hm, gostoso", "eu te amo", "mais rápido, amor" - disse tirando uma com a minha cara
- Harry! - disse com tom de indignação e ri pela careta que Harry fez
- Nunca vou te esquecer - sorriu - você é a pessoa mais perfeita desse mundo
- Acho bom eu ser mesmo - disse brincando também
- Acho que nunca te falei mas eu te admiro. Te admiro por ser quem você é. Por ter cuidado do Daniel e assumido essa responsabilidade só com 18 anos de idade. Por ser essa pessoa humilde e bondosa. Por ter feito questão de se casar virgem. Por ter feito questão de se casar comigo. Enfim... Já disse que te amo hoje?
- Não lembro, se você quiser, pode falar de novo. Eu não ligo
- Eu te amo - sorri
- Amanhã, seria amanhã que nós faríamos 47 anos de casados - sorri triste
- Eu te prometo que vou comemorar a data aonde quer que eu esteja e vou passar o dia inteiro ao seu lado, mesmo você não me vendo ou me tocando... Parece que foi ontem, não é? - concordei com a cabeça
Ele cantarolou mais um trecho da nossa musica - "Baby, you amaze me
*Flash back on*
Nós estavamos no sofá da sala, no apartamento de Harry
- Haaarry! Para Harry, pelo amor de Deus, eu não aguento mais. Ahhhh por favor, por favor - eu dizia quase sem forças enquanto Harry me enchia de cócegas.
- Eu só paro se você me responder uma pergunta - ele disse enquanto continuava com as cócegas em mim
- kkkkk... Qualquer coisa, eu kkkk respondo qualquer coisa. Só para kkkkkkkk com isso, pelo amor de Deus
- Casa comigo, meu amor? - ele perguntou sem dar nenhuma pausa com as cócegas
- O QUÊÊÊ? - arregalei os olhos. Ele parou com as cócegas e se ajoelhou nas minhas pernas, já que, enquanto ele me fazia rir, eu estava deitada por baixo dele
- Isso mesmo que você ouviu, Surdinha - ele revirou os olhos
- Aff, não adianta né?! Você NÃO sabe ser romântico - também revirei os olhos
- Ah sacumé né. Eu tento - rimos - então, meu amor, casa comigo? - agora Harry estava ajoelhado no chão e eu sentada no sofá, de frente para ele. Eu sorri o maior sorriso que eu poderia ter - só pelo sorriso, eu já posso imaginar que a resposta é sim
- Siiiiiim, siiiim, yes, sí, etiam, oui, ja, sì e em todas as línguas existentes no mundo - eu agarrei meus braços em seu pescoço, passei minhas pernas em volta da sua cintura e ele se levantou enquanto nos beijávamos.
*Flash back off *
- Mas eu ainda acho que o dia do nosso casamento foi mais perfeito ainda - Harry disse
- Claro, tirando o fato de você ter desmaiado 15 minutos antes de o casamento começar e deixar todo mundo preocupado - rimos
- É que eu achava que não estava preparado pra casar com uma mulher tão perfeita igual á você
- Para de mentir porque eu sei que você só desmaiou de medo por estar se casando
- Nossa, como você é direta - ele fingiu indignação
- Sempre u.u
- Sabe o que eu acho?
- O quê?
- "Funny how
"
- Qual foi o melhor momento da sua vida?
- Hmm... Não sei! E o seu?
- Acho que se eu começar a contar os detalhes, você vai conseguir identificar quando foi - ele riu
- Tá! Então vai, conta! - sorri ansiosa
*Flash back on*
*Harry on*
- Amor, cheguei - eu acabava de voltar de uma turnê
- Ahhhhhh, meu Deus, que saudade, que saudade, que saudade - a Senome apareceu não sei de onde e pulou no meu colo, se agarrando ao meu pescoço e me enchendo de beijinhos
- Para, para Seuapelido! - eu dizia rindo
- Desculpa amor, mas não dá. A saudade me dominou - nós rimos
- Posso te dar um beijo de verdade agora?
- Pode! - nos beijamos. A tirei do meu colo e a sentei no sofá, depois me sentei ao lado dela. Ela colocou as pernas no meu colo e apoiou a cabeça no meu peito.
- Amor - ela riu sozinha, o que era típico dela, e me chamou
- Fala Pequena
- Tipo... sei lá... é que... sabe... - ela dizia nervosa e não parava de sorrir enquanto olhava para o nada
- Fala logo! Tá me deixando curioso - ri
- É que tipo assim... sabe...
- Que tal a gente deixar esse seu "gaguejamento" pra depois e fazer uma coisinha mais interessante? - Fui me deitando por cima dela
- É que... não vai dar, não! Pelo menos por enquanto - ela disse me afastando com as mãos
- Por quê? Eu fiz alguma coisa de errado, Amor?
- Não, não é isso! - ela riu e sentou de frente pra mim, cruzando as pernas em volta da minha cintura - e seu eu te dissesse que... - ela pegou as minhas mãos e colocou na sua barriga. Nesse momento eu já tinha entendido tudo, mas queria deixar ela terminar de falar. Eu já não conseguia mais esconder a minha alegria - daqui alguns meses, nós vamos ter um serzinho correndo pela casa? - ela sorriu
- O quê? - já dava pulinhos de alegria por dentro, mas me fingia de desentendido
- EU TÔ GRÁVIDA, MEU AMOR! - ela sorriu junto comigo
- Ahhhhhhhhhhhhh!!!! - peguei ela no colo e a girei o ar, dando muitos beijinhos nela. A coloquei no chão, ajoelhei e comecei a dar beijos na sua barriga - meu filhinho, meu bebê! ai meu Deus, obrigado, obrigado! - acariciava sua barriga. Parei, olhei para ela ainda ajoelhado - obrigada por ser a Mulher da Minha Vida - me levantei e a fritei
- Quantos meses, Amor?
- Três - sorrimos
-- Seis meses depois --
Estava uma noite fria em Londres. Eu tinha tirado algumas semanas de folga porque a Seunome já estava com nove meses e a qualquer momento nosso garotão nasceria. Ahh sim, nós estávamos esperando o nosso filhO, nosso Nathan (PS da Juh: o nome do bebê se lê como Neitan, por favor. Não queiram broxar um nome tão lindo, pronunciando Natam :p . Brigada, de nada).
Acordei no meio da madrugada com uma fresta de luz vinda da porta do banheiro da nossa suíte. Passei a mão para o lugar onde Seunome dormia e senti a cama vazia. Me levantei com muito sono e esforço e caminhei em direção à luz (não, ele não morreu gente ahsuahsahsuahuhs... tá, parei).
- Seuapelido? Amor? - disse dando leves batidinhas na porta do banheiro que estava fechada. Sem resposta, abri a porta.
- Harry... ahhhh... Harry - ela dizia resmungando com a mão na barriga -, por favor... Ainda bem que você acordou! Me ajuda. - fiz cara de desentendido. Perdoa gente, eu já sou lerdo, com sono então... - TÁ NASCENDO! AI MEU DEUS, AI AI AI! - quando vi que ela começou a gritar fiquei sem reação. - VAI CARALHO! NÃO É VOCÊ QUE TÁ SENTINDO A PORRA DA DOR! AHHHH... - mas gente, cadê a minha esposinha calma e educadíssima que eu tô acostumado? Queima senhor! Ela se apoiava com uma das mãos na pia e a outra continuava na barriga. Por extinto, a peguei no colo e a levei pra fora do banheiro.
- Calma amor! Calma! Vâmo lá, respira comigo, um... dois... um... dois... expira, inspira, expira...
- Eu vou fazer um "expira, inspira, um, dois, um, dois" na tua cara daqui a pouco.
- Desculpa amor, desculpa, eu não tô acostumado a ter filhos sabe rs...
- Para de pedir a porra da desculpa e me leva pro hospital lo... ahhhh...go
- Tá, tá! - corri e coloquei uma calça e camiseta, peguei a bolsa do bebê e da Seunome que já estavam prontas, a peguei no colo e as levei para o carro. Como eu consegui levar tudo de uma vez? Não sei :p
...
Chegamos ao hospital, tirei Seunome do carro e a levei para dentro do hospital no meu colo.
- Hey, hey! Ajuda, a minha esposa está em trabalho de parto! - gritei e logo a ajuda apareceu, a levando para a sala de cirurgia
Me levaram a um vestiário onde eu teria que colocar roupas descartáveis se quisesse assistir ao parto. Assim o fiz, vesti as roupas e me conduziram para a sala de operação.
Cheguei lá e a Seunome já estava cansada de tanta força que fazia, fui até ela e segurei em sua mão. Depois de muitos gritos e esforço, nós finalmente pudemos ouvir o choro do nosso bebê, o choro do nosso filho, o choro do nosso Nathan. E foi ali que eu pude ver a cena mais linda do mundo. Foi ali que eu pude ver pela primeira vez o rostinho tão pequeno do meu filho.
*Flash back off*
*Seunome on*
- Desculpa ter te xingado quando o Nathan nasceu
- Eu te desculpei no momento em que ouvi ele chorando pela primeira vez - sorri
- Quem diria que depois dele, nós passaríamos por tudo aquilo mais quatro vezes
- Ter cinco filhos não é mole não mermão - rimos - o que mais me alegra é que todos eles foram feitos com você - sorriu
- Nós fomos bons pais...
- É... nós fomos - sorrimos - ..."Baby, you amaze me
Estava uma noite fria em Londres. Eu tinha tirado algumas semanas de folga porque a Seunome já estava com nove meses e a qualquer momento nosso garotão nasceria. Ahh sim, nós estávamos esperando o nosso filhO, nosso Nathan (PS da Juh: o nome do bebê se lê como Neitan, por favor. Não queiram broxar um nome tão lindo, pronunciando Natam :p . Brigada, de nada).
Acordei no meio da madrugada com uma fresta de luz vinda da porta do banheiro da nossa suíte. Passei a mão para o lugar onde Seunome dormia e senti a cama vazia. Me levantei com muito sono e esforço e caminhei em direção à luz (não, ele não morreu gente ahsuahsahsuahuhs... tá, parei).
- Seuapelido? Amor? - disse dando leves batidinhas na porta do banheiro que estava fechada. Sem resposta, abri a porta.
- Harry... ahhhh... Harry - ela dizia resmungando com a mão na barriga -, por favor... Ainda bem que você acordou! Me ajuda. - fiz cara de desentendido. Perdoa gente, eu já sou lerdo, com sono então... - TÁ NASCENDO! AI MEU DEUS, AI AI AI! - quando vi que ela começou a gritar fiquei sem reação. - VAI CARALHO! NÃO É VOCÊ QUE TÁ SENTINDO A PORRA DA DOR! AHHHH... - mas gente, cadê a minha esposinha calma e educadíssima que eu tô acostumado? Queima senhor! Ela se apoiava com uma das mãos na pia e a outra continuava na barriga. Por extinto, a peguei no colo e a levei pra fora do banheiro.
- Calma amor! Calma! Vâmo lá, respira comigo, um... dois... um... dois... expira, inspira, expira...
- Eu vou fazer um "expira, inspira, um, dois, um, dois" na tua cara daqui a pouco.
- Desculpa amor, desculpa, eu não tô acostumado a ter filhos sabe rs...
- Para de pedir a porra da desculpa e me leva pro hospital lo... ahhhh...go
- Tá, tá! - corri e coloquei uma calça e camiseta, peguei a bolsa do bebê e da Seunome que já estavam prontas, a peguei no colo e as levei para o carro. Como eu consegui levar tudo de uma vez? Não sei :p
...
Chegamos ao hospital, tirei Seunome do carro e a levei para dentro do hospital no meu colo.
- Hey, hey! Ajuda, a minha esposa está em trabalho de parto! - gritei e logo a ajuda apareceu, a levando para a sala de cirurgia
Me levaram a um vestiário onde eu teria que colocar roupas descartáveis se quisesse assistir ao parto. Assim o fiz, vesti as roupas e me conduziram para a sala de operação.
Cheguei lá e a Seunome já estava cansada de tanta força que fazia, fui até ela e segurei em sua mão. Depois de muitos gritos e esforço, nós finalmente pudemos ouvir o choro do nosso bebê, o choro do nosso filho, o choro do nosso Nathan. E foi ali que eu pude ver a cena mais linda do mundo. Foi ali que eu pude ver pela primeira vez o rostinho tão pequeno do meu filho.
*Flash back off*
*Seunome on*
- Desculpa ter te xingado quando o Nathan nasceu
- Eu te desculpei no momento em que ouvi ele chorando pela primeira vez - sorri
- Quem diria que depois dele, nós passaríamos por tudo aquilo mais quatro vezes
- Ter cinco filhos não é mole não mermão - rimos - o que mais me alegra é que todos eles foram feitos com você - sorriu
- Nós fomos bons pais...
- É... nós fomos - sorrimos - ..."Baby, you amaze me
As we watched the years go by
- Hum! Lembrei: uma cena que eu nunca, jamais, na minha vida inteira, vou esquecer - eu disse rindo muito
- Lá vai... só pela sua risada, é algo relacionado a alguma merda que eu fiz - ele riu
- Olha a boca suja mocinho u.u
- Said I had a dirty mouth ♫♪ - cantarolou um pedacinho de Best Song Ever
- E sim, é relacionado a você... tinha que ser neh - nós rimos
- Conta logo
- Calmaaaaa
*Flash back on
*Harry on*
- O negócio é o seguinte, galera - cheguei na sala batendo palmas e chamando toda a atenção pra mim - como todos aqui sabem, a mãe de vocês - apontei para os meus filhos que estavam jogados no sofá -, a nossa excelentíssima Senhora Styles, saiu
- E...? - Nathan, que já estava com quinze anos, perguntou
- E que a irmã de vocês sujou a fralda e nós vamos ter que dar um jeito nisso
- Nós? Nós nada! - Josh, meu segundo filho que estava com treze anos, disse
- Nós! Nós sim!
- Eu ajudo pai - Emilly, nossa filha de onze anos, disse
- Eu ajudo pai - Josh disse imitando a irmã, tentando provocá-la, mas Emi apenas mostrou a língua para ele
- Vâmo lá, gente! Espírito de equipe! Aqui é família Styles! Uhuuu! - eu disse com animação
- Hum... acho que não hein pai... - Nathan disse com desanimo
- Vâmo lá, Papito - Emi se levantou do sofá e entrelaçou o braço direito ao meu
- Nossa Emi, para de melação, credo - Josh disse. Já deu pra perceber que esses dois não se dão bem
- Vâmo, Filhota! Mas a gente não sai daqui enquanto aqueles dois covardes não vierem junto. Não têm coragem nem de trocar a fralda da irmã, que decepção
- Ahhhh, que saco! - Nathan jogou seu celular no sofá e se levantou, se juntando a nós. Todos ficaram parados encarando Josh, que ainda se encontrava no sofá
- Que foi? - ele perguntou
- A gente tá te esperando, oxe! - Emi disse.
- Ahhhhhhh! - Josh se levantou, quase morrendo, mas se juntou a nós
- A Darcy que faz a merda e a gente tem que concertar - Nathan disse se referindo à irmã mais nova, Darcy
- Literalmente - Eu disse, o que fez todos rirem
A coitadinha da Darcy sofreu, muito! Voou talco pelo quarto inteiro, vááárias fraldas estragadas por não termos conseguido colocá-las direito, Darcy quase comendo um pedaço de lenço umedecido (ainda bem que o Josh viu e impediu a tempo). No final, resolvemos dar um banho na nossa pequena, porque iria ser mais prático rs. Agora você imagina, foi risada o tempo inteiro. Além do desastre, foi um dia especial, foi um dia de risadas. Terminamos de trocar Darcy e, logo depois, ouvimos:
- Hey meus amores, cheguei! - Seunome gritou lá de baixo
- Eu. não. acredito. que. nós. passamos. por. tudo. isso. e. quando. nós. finalmente. conseguimos. a. MAMÃE CHEGA! - Nathan disse. Todos concordaram com revolta
- Seguinte equipe Styles: esse sacrifício fica em segredo. Nós vamos nos gabar pra mamãe dizendo que nós conseguimos trocar a Darcy de primeira, sem dificuldade nenhuma, ok?
- Ok - todos disseram em coro, ao mesmo tempo que riam
*Flash back off*
- Como assim você sabe dessa história? - fiquei indignado
- Tenho minhas fontes u.u
- E, por um acaso, essas fontes se chamam "Emilly SeuSobrenome Styles"? - disse rindo
- Que coisa feia! Desconfiando da própria filha! - disse fingindo indignação - mas sim, foi ela... Que novidade! - rimos muito
- De todos, a Emi pode ter esse jeito estabanado dela de ser, mas ela sempre foi a mais carinhosa. Tenho que admitir - sorri me lembrando do rostinho dela quando ainda era criança. Hoje, Emi já estava com quarenta anos! Sim, os anos passam rápido...
- O Nathan sempre foi o mais atencioso. O que mais dava atenção para os irmãos - sorrimos
- Agora, saber quem era o menos preguiçoso entre Josh, Darcy e Thomas, é tarefa difícil - rimos
- Acho que, no trio, o Thomas era o mais preguiçoso. Talvez por ele ser o mais novo... - rimos de novo
- Nosso filhos são perfeitos até nos defeitos
- Nossa família junta é perfeita - paramos um pouco. Harry começou, de uma hora pra outra, a ter uma reação de cansaço estranha, como se não conseguisse respirar direito
- SeuApelido... eu... - Harry começou a ficar sufocado e a tossir muito
- Meu amor? O que tá acontecendo? Meu Deus - comecei a chorar de novo - Alguém! Alguém ajuda aqui - gritei e logo médicos vieram para socorrê-lo, me retirando do quarto
...
Não sabia o que estava acontecendo lá dentro fiquei esperando apreensiva no corredor. Depois de um tempo, alguém saiu do quarto
- Ele quer vê-la, senhora - um médico saiu do quarto e mandou que eu entrasse
- Harry... - corri até ele, chorando. Me aproximei de novo e, quando ele viu minhas lágrimas, fez um sinal negativo com as mãos, pedindo para que eu não chorasse. Já estava fraco e não conseguia mais falar. Tinha enfraquecido muito em questão de minutos.
- Harry... - sussurrei
- Eu... t-te... amo Seu...nome. Pra sempre... - cruzou os dedos indicadores e os beijou, fazendo aquele nosso gesto - e sempre. - ele me disse já fechando os olhos. Nessa hora desabei em lágrimas
- "Baby, you amaze me
Dito isso, pude ouvir o som dos aparelhos que viam a estabilidade do coração de Harry pararem, provocando um grande barulho ensurdecedor. - "You still amaze me
*É isso gente, tá aí o imagine do Harry que eu prometi há muuuuuito tempo atrás hu3hu3hu3
*Não tenho nada pra falar hj :/ (milagre! Glorifica de pé, igreja!)
*Ahhhhh, o show foi perfeito *u* ...Valeu a pena todo o frio que eu passei, todo o vento na cara, toda a chuva que eu tomei, o meu tênis enxarcado etc :3
*A bendita câmera acabou a bateria quando ainda estava na 3ª musica :c ...Mas nós conseguimos tirar bastante fotos e filmar algumas coisas.
É isso gente...
69 beijos na bunda e paz no core \/
Niall's Girls :3
Fiquem com o Papai do Céu
Amo vcs
Plágio é crime!
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