The Reason - Prólogo

 Prólogo

-Barbara,você tem quinze minutos!—mamãe me avisava do andar debaixo. Hoje é segunda feira, e eu havia dormido mal, talvez apenas as mínimas horas que eu conseguia parar de pensar na prova que tinha. Corri para o banheiro, ainda com a calça jeans pendurada em uma das pernas, e penteei rapidamente o cabelo, tirando alguns nós que insistiam em ficar no meio.

Lavei o rosto, escovei os dentes, peguei a mochila e sai apressada.

-Não vai comer nada?

-Não, obrigado Be. — dei um beijo no topo da cabeça de meu irmão mais velho. — estou pronta mãe!

-Então vamos, Bernard cuide da casa! — ela avisou e saímos.

-Então vai ser na sua casa?—eu e Marg terminávamos de conversar sobre o nosso último trabalho de física. Nem acredito que esse ano eu saio dessa prisão que chamam de escola.

-Vai! — eu concordei. — depois combinamos o horário, certo?

-Certo, até amanhã.

-Até. — lhe dei um beijo na bochecha, e rumei para o enorme portão de saída.

O caminho até minha casa era silencioso.Às vezes eu ia de carro com a mamãe, e voltava a pé por conta do nosso atelier de costura. Minha mãe, Natalie, sustentava nossa casa sozinha, á não ser por Bernard que ajuda com algumas despesas. Hoje as ruas estavam nevadas. Telhados, capô de carros, e placas estavam tomados pela textura branquinha que invadia Londres, além do que ainda havia dezenas de outdoors anunciando as incríveis promoções do Natal de 2010.

Eu me arrependia profundamente de não ter colocado aquele estranho, porém quente e confortável suéter que minha tia havia me dado no inverno passado. Apesar de ser londrina nata, ás vezes esse clima gélido e totalmente sem vida de Londres, não me agradava nem um pouco.

Parei em uma esquina qualquer, tirei a mochila das costas e procurei por meus fones, achando-os e prontamente encaixando no iPhone. Procurei por uma música qualquer na minha playlist, colocando no repeat.

Tratei de fuçar por meus pensamentos mais insanos e problemáticos possíveis... aqueles que eu tanto odiava, e nem se quer sabia por que ainda me importava. Mas eu simplesmente me importava... como: minha mãe falando o tempo todo que eu iria fazer 18 anos, e não tinha nenhum plano de vida, ou, meu irmão e minha tia dizendo para eu arrumar alguém, e o quanto eu iria ser mais feliz quando encontrasse a pessoa certa. O que eles não sabiam, é que de fato eu não procurava por ninguém, eu não sei nem o que eu pretendo pra mim mesma, por isso a ideia de ter um namorado, não me cabia e nem parecia ser certo.

-Oh, me desculpe.—um rapaz disse passando ao meu lado. Ele tinha esbarrado em mim, e feito meu celular voar para o meio da rua. Não respondi, apenas corri para pegá-lo á tempo, antes que um carro passasse por cima.

-Tudo bem. — na verdade queria perguntar qual era o problema dele. Olhei rapidamente para o visor do celular, e estava apenas com pequeno arranhão na tela.

-Tudo bem mesmo?

-Hã... tudo.—o silêncio permaneceu até que eu decidi continuar no meu caminho até minha casa.

-Espera! — ele puxou meu casaco.Fiz uma cara de surpresa, perguntando o que de fato ele queria. — você é...

-Olha, me desculpa — me afastei até que ele me chamou novamente. — você deve estar me confundindo! — acelerei meus passos.

-Como assim?

-Ele devia estar me confundindo...— eu acabara de contar o caso de hoje por telefone.

-Que menino maluco,mas espera... ele era bonito pelo menos?

-Não sei, quer dizer, não sei direito. Eu não prestei atenção.

-Ah! — em seu tom havia tristeza cômica — não é todo dia que falo com meninos,e quando minha amiga tem a melhor oportunidade ever, ela simplesmente não presta atenção. — eu ri baixo.

-Me desculpa?—eu perguntei risonha.

-Desculpada.

-Ok, tenho que desligar. Vou terminar o dever, e dar uma geral no meu quarto, ou tirar um cochilo.

-Por que não faz a lição mais tarde?

-Por que eu sei que mais tarde vou estar com 0 disposição, sua tola.

-Tudo bem... tchau.

-Tchau Marg. — desliguei e joguei o celular na ponta da cama. Levantei com certa preguiça, calcei os chinelos e desci para a cozinha. Fui até o centro da mesa, e peguei uma maçã.

Depois de descascar e comer, eu voltei lá pra cima e descartei totalmente a ideia de dar uma geral no quarto. Me atirei na cama e adormeci.

N/A:Pouquinho,né? Pois é, to tendo trabalho pra deixar a fanfic agradável e nada clichê. Estou revisando ela e colocando mais informações reais sobre a carreira dos meninos. Espero que gostem. Xx Beels.